Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde,
Eduardo Pazuello, disse esperar que a vacinação contra a covid-19 em grupos
prioritários comece em fevereiro no Brasil. A população em geral deve começar a
receber as doses 4 meses depois.
Ao menos 47 países já
iniciaram a imunização de suas populações contra a doença causada pelo
coronavírus.
Em entrevista à TV Brasil exibida
na noite de domingo 27, Pazuello reafirmou que todos os Estados receberão a
vacina simultaneamente. “Independentemente da quantidade da vacina, ela será distribuída
igualitariamente dentro da proporcionalidade dos Estados“.
A previsão do
Ministério da Saúde é que 24,7 milhões de doses de vacinas estejam
disponíveis em janeiro. “O cronograma de distribuição e imunização é um anexo do nosso
plano de imunização“, disse Pazuello, ao acrescentar que o
cronograma pode sofrer mudanças. “Você faz a previsão quando contrata, mas às vezes adianta, às
vezes atrasa, e a gente vai atualizando esse cronograma“.
“São 4 grandes
grupos prioritários e, após esses grupos prioritários, que a gente visualiza 30
dias para cada grupo prioritário, a gente começa a vacinar a população dentro
das faixas etárias”, disse Pazzuelo. Segundo o ministro, esses 30
dias seriam suficientes para aplicar as duas doses da vacina.
Segundo o Plano Nacional de Imunização,
nas primeiras fases serão vacinados grupos específicos, como trabalhadores da
saúde, idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de segurança, indígenas
e quilombolas.
Pazuello explicou que
o ministério provavelmente vai receber mais de um tipo de imunizante, mas as
pessoas receberão as duas doses da vacina de um mesmo laboratório, até porque
são de tecnologias diferentes. “Nós vamos monitorar todas essas aplicações para que a segunda dose
seja dada efetivamente de um mesmo laboratório que aquela pessoa tomou. Isso é
um grande processo de controle e monitoramento”.
O plano da pasta,
divulgado no início do mês, lista 13 vacinas que estão na 3ª e última fase
de estudos e que podem ser aprovadas para aplicação em massa no Brasil. Nesse
rol está a CoronaVac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac desenvolvida
em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O imunizante é aposta do
governador João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro, para começar a
vacina a população paulista em 25 de janeiro.
Eis a lista completa
de laboratórios que desenvolvem as 13 vacinas listadas no plano nacional (na
ordem em que aparecem no documento):
1.
Sinovac (China);
2.
Instituto de Biologia de
Wuhan (China);
3.
Instituto de Produtos
Biológicos de Pequim (China);
4.
Novavax (EUA);
5.
CanSino (China);
6.
Janssen (Bélgica);
7.
AstraZeneca/Oxford (Suécia
e Reino Unido);
8.
Instituto Gamaleya
(Rússia);
9.
Pfizer/BionTech (EUA e
Alemanha);
10.
Moderna (EUA);
11.
Anhui Zhifei Longcom
Biopharmaceutical (China);
12.
Bharat Biotech (Índia); e
13.
Medicago Inc. (Canadá).
Pazuello garantiu que
a vacina será voluntária e disponibilizada, de forma gratuita, nas salas de
vacinação em cada município. “Nós vacinaremos todos os brasileiros de forma igualitária, de
forma proporcional ao número de pessoas por Estado, e de graça. Confiem nisso,
confiem na estrutura do SUS [Sistema Único de Saúde]. Confiem que
aqui existem pessoas que estão realmente trabalhando diuturnamente para que a
gente tenha a vacina distribuída o mais rápido possível e a todos os
brasileiros”.