Cássio Rizzonuto
(28/12/2020)
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), apontado como
infrator cruel e insensível, é igual a tantos outros existentes no país que
quase nunca são punidos. Canalhas como ele, que deveriam estar cumprindo prisão
perpétua, são encontrados “administrando” estados e municípios. Quer dizer:
assaltando os cofres públicos.
Pois bem: no último mês de junho, a PF – Polícia Federal,
deflagrou a Operação Sangria no Amazonas e prendeu a secretária de Saúde do estado,
Simone Araújo de Oliveira, por “supostas” fraudes e desvios na compra de
respiradores com dispensa de licitação. Os respiradores foram adquiridos numa
importadora de vinhos.
O governador teve os bens bloqueados por conta da Operação, sendo,
inclusive, solicitada a sua prisão, negada pelo ministro Francisco Falcão, o
qual declarou que “ao menos neste momento, tal prisão não se justifica”. Claro!
Se Wilson Lima estivesse com uma arma na mão, assaltando indivíduos, poderia
até acontecer constrangimento.
O fato é que o governador estava ladroando no Palácio, portando
caneta, ao invés de arma, surrupiando dinheiro dos impostos pagos pelo
contribuinte, recursos que deveriam ser aplicados em saúde, educação, etc. Para
afastar patife como tal é exercício sem fim, verdadeira novela da Rede Globo
(financiada também com dinheiro público).
O próprio ministro Francisco Falcão, que autorizou a Operação
Sangria, quando presidente do STJ (2014-16), foi citado na Lava-Jato pelo
ex-senador Delcídio Amaral (MS), saindo de lá praticamente corrido, obrigado a
tirar férias de 79 dias. Ninguém falou mais no assunto e ele continua ministro.
É assim que se conduz o país.
Agora, em lugar de ficar escondido, mergulhado, sem aparecer,
Wilson Lima colocou a cabeça de fora e resolveu baixar medidas de restrição por
conta do vírus chinês. Quer fechar tudo e infernizar a vida da população. Foi
um Deus nos acuda! A maioria rebelou-se e resolveu sitiar o seu endereço
residencial.
Acuado, sua excrescência começou a rever a decisão, deixando bem
claro que bandidos, patifes e similares só sossegam quando são enfiados em cela
merecida para cumprimento de pena pelos seus crimes. Afina, como perguntou
Francelino Pereira: “-Que país é este?”. Lugar onde criminosos governam e ditam
regras?
Não fossem as redes sociais, nossos legisladores já teriam
escravizado por completo os brasileiros, deixando-os à míngua. Basta analisar
Projeto de Lei aprovado há pouco, no Senado, de autoria do senador Irajá
Silvestre Filho (PSD-TO), autorizando a venda de até 25% do território nacional
a empresas estrangeiras.
A China já está esfregando as mãos e preparando a sacola para
trazer o numerário necessário e aqui se instalar em definitivo. Dizem as más
línguas que tem muito dinheiro correndo para comprar votos de nossos
congressistas. Como se fossem corruptos. Mas muitos não acreditam, pois não
creem nessa falta de patriotismo.
O fato é que o PL já foi aprovado no Senado e só depende da
votação na Câmara. O presidente Bolsonaro já avisou que, se for aprovado, irá
vetar. A extrema imprensa já prepara suas baterias para defender a venda do
país a estrangeiros, certamente alegando que o presidente não quer o
“desenvolvimento” do país. O dinheiro chinês fala alto.
O autor do Projeto é filho da também senador Kátia Abreu (PP-TO),
ex-ministra da Agricultura do segundo governo da “mulher sapiens”, Dilma
Roussef. Kátia Abreu é aquela que, junto a outras senadoras, ocuparam a Mesa do
Senado para impedir a votação da reforma trabalhista (2017). São essas as
pessoas públicas de que dispomos.