Foto: Sérgio Lima/Poder 360
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ajudará o presidente Jair Bolsonaro a
escolher seu sucessor no cargo. Os chefes do Executivo e do Legislativo se
encontraram na noite da 3ª feira (8.dez.2020) para debater o tema e se
acertaram depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou a reeleição do amapaense.
Alcolumbre
quer fazer seu sucessor no Senado agora que teve derrota na Justiça. Dos nomes
que tem em mente, os com mais chance de angariar o apoio do Planalto são o do
líder do Governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO) e de Nelsinho Trad (PSD-MS). A decisão final
deve ser tomada ainda em 2020.
Desde
que foi impedido de concorrer à reeleição, Alcolumbre procurou conversar com
senadores individualmente. Falará com as bancadas depois. Mas não deve se
indispor com o presidente Bolsonaro.
Segundo
interlocutores do senador, ele trabalha com uma lista de favoritos com 6 nomes
que não incluem nenhuma opção do MDB, a maior bancada da Casa. São eles: Antonio Anastasia (PSD-MG), Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Daniella Ribeiro (PP-PB).
Apesar
de Bolsonaro ter garantido ao senador que apoiará seu escolhido, a vontade do
Executivo deve falar mais alto. Alcolumbre se dá bem com Eduardo Gomes,
favorito de Bolsonaro, e o desejo de manter uma boa relação com o Planalto
depois que deixar presidência deve pesar para a decisão do demista.
Tradicionalmente,
o presidente do Senado é da maior bancada. Para que isso não ocorra, é preciso
fatores muito específicos como os vistos na eleição do próprio Alcolumbre, em
2019. O MDB rachou em torno de Renan Calheiros (MDB-AL) e Simone Tebet (MDB-MS)
e acabou optando pelo senador alagoano.
Renan
representava na visão de todos a chamada “velha política”, que acabara de ser
derrotada por Bolsonaro nas urnas. Nesse cenário surge Alcolumbre, que angariou
42 votos para se eleger presidente
da Casa.
A
votação ainda precisou ser realizada duas vezes. Na 1ª, foram identificados 82
votos (sendo que só há 81 senadores). Assim, a eleição foi anulada e
refeita.
Essa
tradição que privilegia a maior bancada também ajuda Eduardo Gomes a sair na frente
na corrida pela sucessão de Alcolumbre como alternativa que agradaria o
Planalto e o Senado. Já Nelsinho Trad aparece como opção no caso de um novo
racha emedebista.
O
líder da sigla no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), já disse que o partido terá
candidato em fevereiro. Tanto Braga quanto Simone Tebet (MDB-MS), que tentou
ser candidata em 2019, são nomes que também aparecem como postulantes dentro da
sigla, mas sem o apoio de Bolsonaro.
Eis
um resumo das chances dos postulantes se tornarem presidentes do Senado:
Favoritos
Para
Alcolumbre, há 2 nomes que podem emplacar e sustentar uma boa relação com
Bolsonaro:
·
- Eduardo Gomes (MDB-TO);
- Nelsinho Trad (PSD-MS).
Outras
possibilidades
Outros
nomes têm sido mencionados por Alcolumbre, mas com menos chances:
- Lucas Barreto (PSD-AP);
- Rodrigo Pacheco (DEM-MG);
- Marcos Rogério (DEM-RO);
- Daniela Ribeiro (PP-PB).
Quem
tem chance baixas
- Antonio Anastasia (PSD-MG);
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Simone Tebet (MDB-MS);
- Tasso Jereissati (PSDB-CE);
- Esperidião Amin (PP-SC).
- Por Poder 360