Cássio Rizzonuto
Nas
eleições presidenciais de 2018, o candidato de extrema esquerda, Guilherme
Boulos (Psol), conquistou 0,58% do total dos votos nacionais. Esta votação
levou-o apenas ao 10º lugar, somando 617.122 sufrágios. Que aconteceu, desde
então, para dar o salto que aconteceu nas eleições municipais deste ano?
Boulos é conhecido por ter sempre marcado presença na chefia do MTST, infernizando a vida dos moradores da Capital paulista. Certa feita, deu ultimato aos poderes públicos, exigindo que regularizassem todas as invasões dos sem-teto da Cidade em 28 dias. Ou isso, ou a população iria viver verdadeiro inferno.
Ativista
caracterizado como agitador comunista, riquinho de boa família que incita
invasões e tumultua a ordem pública, saiu agora candidato a prefeito de São
Paulo e passou para o segundo turno com 20,24% dos votos. Teve 1.080.735! Uma
figura repulsiva, detestada pela maioria é, de repente, aceita de braços
abertos.
A discussão que se levanta pelo país, junto àqueles que conseguem pensar, é a de que as não auditáveis urnas eletrônicas ganharam vida própria. Sem o voto impresso, jamais teremos eleições limpas novamente. E fica enorme cheiro de fraude no ar. A única maneira de resolver tal impasse será com a mudança da prática atual.
O
jornalista investigativo Oswaldo Eustáquio, que denunciou laranjal armado pelo
candidato Guilherme Boulos, foi detido pela Polícia Federal mais uma vez. E não
se deu sequência à denúncia do laranjal que formulou. A extrema imprensa de
esquerda costuma a ele se referir como “blogueiro bolsonarista”, para depreciar
seu trabalho.
Eustáquio
diz em vídeo no youtube que as eleições deste ano em São Paulo foram fraudadas.
Ele escreveu no twitter que “o código binário na linguagem Assembly foi
programado para manter Bruno Covas com 32%, Boulos com 20%, Márcio França com
13% e Russomano com 10%.
O fato é
que não se tem como reclamar junto ao TSE. Não há como comprovar a votação de
quem quer que seja. As pessoas têm de engolir o que é proclamado pelo Tribunal
Superior Eleitoral. Fazer o quê? É aceitar ou aceitar. A deputada federal Bia
Kicis (PSL-DF), apresentou PEC para imprimir o voto, ora em tramitação na
Câmara.
Mas a
verdade é que se a população não for às ruas, exigir a aprovação da PEC –
Proposta de Emenda Constitucional -, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
simplesmente “esquecerá” que ela existe. Maia já deixou caducar várias MPs
enviadas pelo governo federal, inclusive a da carteira de estudante e a que
tratava do futebol.
Rodrigo
Maia, que deveria estar respondendo a acusações de roubo (seu nome consta na
planilha da Odebrecht), articula narrativa afirmando que o governo Bolsonaro
acabou. Os grandes chefões se articulam, desta feita com o apoio da urna
eletrônica que pode dar qualquer resultado, já que não há como se provar nada!
Ou a
população se movimenta e vai mais uma vez às ruas, pedir que o voto seja
respeitado (através da possibilidade de confirmação e de auditoria, com a sua
impressão), ou os donos do poder irão eleger quem quiser. E os velhos esquemas
voltarão: trazendo de volta notórios criminosos e a roubalheira de sempre que
todos rejeitamos.
Este é o
mundo em que vivemos, triste e lamentável, mas o único existente. A era tecnológica
pôs a nu a canalhice dos que ocupam as instituições para a consecução de
objetivos maléficos. É preciso reagir de todas as maneiras: indo às ruas,
protestando e impedindo que esses usurpadores destruam nosso sistema
democrático.