Foto: Emerson Silva/Rede Amazônica Acre
O presidente da Assembleia Legislativa do estado do
Acre (Aleac), Nicolau Júnior (Progressista), foi afastado da Casa após a
Polícia Federal deflagrar, nesta quinta-feira (29), uma operação que apura
suposta lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva e ativa no parlamento.
Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais nas cidades de Cruzeiro do
Sul, Rio Branco e em Manaus (AM).
Os
mandados foram autorizados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)
após pedido da PF ao analisar documento apreendidos ainda em setembro na Operação Acúleo,
quando foram
apreendidos R$ 120 mil em um cofre na casa do presidente do
Legislativo.
Além
do afastamento do presidente, mais dois deputados devem cumprir medidas
cautelares. Nesta nova operação, foram apreendidos cerca de R$ 200 mil em três
locais, mas o valor pode sofrer alteração porque a PF ainda analisa todo o
material colhido. Objetos de valor também foram apreendidos.
Os
deputado Manoel Moraes (PSB) e Antônia Sales (MDB) também devem cumprir as
medidas cautelares, mas não foram afastados.
O
delegado da PF Tiago Souza conversou com uma equipe da Rede Amazônica e
explicou que foram pedidas as prisões dos dois parlamentares, mas foram
substituídas por medidas cautelares, como proibição de conversarem entre si e
de irem à repartição pública em que trabalham e, no caso do presidente da Casa,
o afastamento.
“É
uma operação que se deu em razão do material apreendido no momento do
cumprimento do mandado de busca e apreensão na operação que ocorreu em 11 de
setembro e, com isso, a polícia federal procedeu em uma análise rápida daquilo
que foi apreendido e foi possível verificar aquilo que se supõe ser uma suposta
organização criminosa bastante estruturada e voltada para o cometimento de
diversos delitos. Com base nisso, naquilo que a gente avaliou naquele momento
foi representado com algumas medidas cautelares, entre elas, pedidos de
prisões, no entanto, a Justiça entendeu que algumas medidas cautelares
substitutivas à prisão seriam o suficiente, pelo menos agora”, disse o delegado
Tiago Souza.
“Não
há nenhum pedido de prisão emitido contra minha pessoa. Apenas um pedido de
afastamento para que as investigações possam ser conduzidas de acordo com os
procedimentos internos definidos pela própria Polícia Federal", diz a nota
de Nicolau Júnior. Garantiu ainda que todos os atos tomados na Aleac são
acompanhados por órgãos fiscalizadores. "Todos os atos da presidência da
Assembleia, assim como do nosso mandato são acompanhados, fiscalizados e
acompanhados pelas instituições competentes como a Procuradoria-Geral do Estado
(PGE) Tribunal de Contas do Estado (TCE) e outros órgãos que aprovaram o
exercício 2019", garantiu. Com informações do G 1