A Procuradoria-Geral da República
(PGR) decidiu arquivar uma apuração preliminar contra o presidente Jair
Bolsonaro e dois filhos dele, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o
deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), relacionada ao caso em que o Facebook
derrubou uma rede de fake news e perfis falsos ligadas ao PSL e a funcionários
dos gabinetes do presidente da República.
A decisão foi do
vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros. Em julho, o
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia enviado
à PGR uma notícia-crime apresentada pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
contra Bolsonaro, Flávio e Eduardo que pedia a responsabilização penal dos três
pelo conteúdo divulgado nas páginas que foram retiradas do ar.
O encaminhamento pelo Supremo à PGR é o caminho natural neste tipo
de caso e Medeiros ficou incumbido de avaliar se existiam elementos suficientes
na representação que justificassem a abertura de uma investigação formal contra
a família Bolsonaro. Após a análise, contudo, ele constatou que não existem
fatos concretos para instaurar o procedimento.
Medeiros
encaminhou o seu parecer ao STF na segunda-feira (28/9). No documento, ele
ainda destacou que como a deputada Perpétua Almeida não tem relação com o caso,
ela não poderia interferir. Na representação, a parlamentar alegou que as páginas
do Facebook eram operadas por pessoas ligadas à família Bolsonaro, como o
assessor especial da Presidência da República Tércio Arnaud Tomaz, que seria o
líder do chamado "gabinete do ódio". Fonte: Correio
Braziliense.