Cássio
Rizzonuto
Nossos
“bravos” senadores estão articulando a reeleição do presidente da Casa, David
Alcolumbre, e também a do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. São
dois congressistas desmoralizados, semialfabetizados e envolvidos em grossa
bandalheira, que não dispõem da mínima credibilidade para sequer gerenciar um
bordel.
As
pessoas sempre imaginam, quando se alcança clima de grave tensão como o que
vivemos, que nada poderá ficar pior e que, em determinado momento, tudo irá ser
resolvido por milagre ou por mágica. Mas não se conhece santo ou nigromante
habilitado à resolução do imbróglio.
As
instituições brasileiras são compostas em sua maioria por quadrilheiros
perversos, avacalhados, incapazes de nutrir qualquer respeito ou consideração
pelo que quer que seja! No Poder Judiciário, os piores bandidos ocupam os mais
altos e importantes postos, julgando crimes semelhantes aos que costumam
praticar todos os dias.
Muito
se fala do STF, cujo nível de desmoralização tornou-se impossível de ser
superado, mas um órgão como o STJ, criado em 1989 pela “Constituição Cidadã”,
(Assembleia Constituinte de 1987), é quase sempre esquecido em suas falcatruas.
A ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon denunciou publicamente o
Judiciário.
Na
opinião da ex-ministra do STJ, não poderia haver uma Operação Lava-Jato isenta
“sem a investigação de ministros dos Tribunais Superiores”. Mas quem irá
investigar Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Lewandowski e os demais, que se
entendem, segundo Eliana Calmon, “acima do bem e do mal?”
Agora
mesmo, de acordo com a mais recente operação da Polícia Federal, “o advogado
Eduardo Martins, filho do atual presidente do Superior Tribunal de Justiça,
Humberto Martins, embolsou pelo menos R$ 42,9 milhões da Fecomércio na gestão
Orlando Diniz”. Mas isso ainda não é tudo!
“O
MPF descobriu que Eduardo Martins repassou parte dos valores recebidos” ao
ex-presidente do STJ Francisco Cesar Asfor, “a propósito de também lhe
remunerar pela pretensa e vendida influência junto ao STJ”. Quer dizer: o
ex-presidente do importantíssimo STJ nada mais é do que um vendedor de
sentenças. E aí, como fica?
É
necessário lembrar, também, que o ainda presidente do STF, Dias Toffoli, recebe
cem mil reais de propina do escritório de advocacia da mulher, Roberta Rangel,
fato denunciado com provas pela revista digital Crusoé. Até hoje o ministro
nada disse sobre o assunto e tudo vai ficando por isso mesmo.
Essas
pessoas são capazes de destruir países inteiros e nada acontece. Quando surge
reação, o caldo já foi entornado. Veja-se a Venezuela: Hugo Chávez e Maduro
arrasaram o país e tudo continua na mesma. Claro que Nicolás Maduro será
afastado um dia, mas até que isso aconteça, o prejuízo terá sido imensurável.
No
Brasil, Bolsonaro pode não ser o ideal, mas é o que se tem. E vem se revelando
excelente presidente. Imagine-se o país nas mãos do PT, ou de qualquer figura
dessa esquerda criadora do Foro de São Paulo. É só prestar atenção no drama da
Argentina. Caminhamos sobre o fio de uma navalha.
Enquanto
o drama se desenrola, o STF cuida de anular processos da Lava-Jato e se prepara
para livrar Lula da Silva de todas as acusações de roubo. Circula nas redes
sociais uma constatação: “Falta pouco para o STF concluir que fomos nós que
roubamos o Lula”. A criatividade do nosso povo é ilimitada.