O Instituto Butantan
abriu nesta segunda-feira (13) a plataforma de inscrição e triagem para quem
deseja participar dos testes da Coronavac, vacina
contra o coronavírus desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
A previsão é que as primeiras doses comecem a ser
aplicadas já na próxima segunda-feira (20).
As exigências incluem ser profissional da saúde e trabalhar
com pacientes que estejam com covid-19. Além disso, não pode ter contraído o
vírus ainda.
O formulário está disponível no site
do governo de São Paulo. Após o preenchimento, o candidato
vai ver se ele é um potencial voluntário ou não.
Caso esteja habilitado, será orientado a procurar um
dos centros de pesquisa da área onde mora. Haverá testes em São Paulo, Rio de
Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
Serão 9.000 voluntários, sendo que metade tomará a
vacina e a outra metade receberá placebo. Esse tipo de estudo é duplo cego, em
que paciente e aplicador não sabem quem está recebendo o quê.
Apenas os pesquisadores têm informações de quem
recebeu o antígeno ou placebo. É um protocolo padrão usado em estudos
científicos para não influenciar o resultado final.
Todos serão acompanhados pelo período de 12 meses, o
que vai incluir exames rotineiros para dosagem de anticorpos contra o
coronavírus.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou
a afirmar que essa é uma das vacinas em estágio mais avançado de
desenvolvimento.
"A China neste momento é o país que tem o maior
número de vacinas para o coronavírus em estudos clínicos de fase 2 ou 3. A
China tem 5 vacinas, o Reino Unido tem duas vacinas, Estados Unidos têm duas
vacinas. Eu, particularmente, sou muito esperançoso de que nós teremos essa
vacina muito rapidamente, até o final deste ano."