Cássio
Rizzonuto
No
mês passado, em 17 de junho, o inefável ministro do STF, Gilmar Mendes (que dia
desses afirmou “nós somos supremos”), fez “visita de cortesia” ao Comandante do
Exército, general Edson Leal Pujol, supostamente para entregar um novo livro a
respeito de Direito Constitucional.
Segundo
a revista Veja, não foi bem assim: o “supremo, supremíssimo” foi sondar o humor
da caserna, já que o STF vive botando os pés pelas mãos no governo Bolsonaro,
impedindo até mesmo que o presidente nomeie quem deseja, para os cargos de sua
administração, pois quer se precaver com a possibilidade de intervenção
militar.
Ainda,
segundo relatou a Veja, “o supremo, supremíssimo Gilmar” ouviu do general
coisas que não queria. Pois bem: na última semana, o ministro deu declaração em
que associou o Exército a “genocídio” (utilizando mal o vernáculo), causado
pelo Covid-19, o vírus chinês produzido em laboratório da Cidade de Wohan.
Ora!
Foi o próprio STF quem manobrou, no início da pandemia, retirando do presidente
poder para intervir em estados e municípios. Eles ficaram nas mãos de
governadores e prefeitos. O governo federal entregou bilhões de reais aos
chefes dos Executivos, testemunhando a ocorrência da roubalheira eterna em que
ninguém é preso.
O
“supremíssimo”, flagrado em telefonemas altamente suspeitos com o desmoralizado
Aécio Neves (PSDB), não quer militares no Ministério da Saúde, “esquecido” de
que, no Brasil, vagabundos e ladrões que infestam a administração pública estão
sempre de plantão para assumir qualquer cargo, afanando de forma descarada.
Os
que estão dentro do STF já levaram a instituição ao descrédito. Não têm como
reclamar de mais nada, pois encontram-se carimbados junto à opinião de todos. O
supremíssimo sempre atuou e atua como braço do PSDB, atendendo às determinações
de quadrilha chefiada pelo desmoralizado ex-presidente FHC.
Nunca
se ouviu do supremíssimo recriminação à atuação do senador de olhos
esbugalhados, José Serra, autor de roubos e desvios, ex-ministro da Saúde e,
também, das Relações Exteriores. No último, pediu demissão em 2017, assustado
com o início da descoberta de que é de fato ladrão e mentor de crimes no desvio
dos recursos públicos.
O que
todos eles desejam é muito simples: o afastamento da chapa liderada por
Bolsonaro, vitoriosa nas eleições de 2018, para que seja colocado no comando do
país o hoje presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conhecido como “Botafogo” na
planilha da Odebrecht. O problema é que, desde que Bolsonaro assumiu, a
bandalheira teve um basta!
Com
relação ao vírus chinês, quem é que vai dar fim aos males por ele causados, se
nem os próprios médicos e cientistas chegam a lugar comum? Cada qual diz uma
coisa e nada funciona a contento: “isolamento, máscara, distanciamento social”,
fica tudo nas “boas intenções”. O presidente acertou ao defender a combatida
hidroxicloroquina.
Apesar
do terrorismo exercido pela Rede Globo, cujos bilhões do dinheiro público foram
cortados assim que Bolsonaro assumiu, a população sabe o que não quer: Lula, a
esquerda, Dilma, os ladrões de sempre, os vigaristas que compram tapiocas com
cartões corporativos, os escândalos federais quase que diários.
Os
que dizem fazer oposição, praticam mesmo é terrorismo o dia inteiro. Não têm o
menor compromisso com o país e não se incomodam com a possibilidade de guerra
civil. Não desconfiam que seremos todos engolidos. Esses atores não descobriram
quão frágil é a vida e que nada é para sempre.