O Coronavírus parece que veio para ficar. Pelo menos, por bom (ou mau)
tempo! Nascido em Wuhan, província de Hubei, China (tudo indica que em função
de guerra bacteriológica desenvolvida por países ditos poderosos), foi chamado,
no início, de 2019-nCov. Recentemente, foi batizado como Sars-CoV-2. Mas já
ganhou vida própria.
A doença respiratória que ele causa é covid-19. Alastrou-se pelo mundo
todo e está causando forte e profundo impacto econômico. A situação é tão grave
que, no campo econômico, o quadro tende a se reajustar de forma a que fique
tudo nos conformes, pois todos estão navegando o mesmo barco.
Na própria China, as montadoras de automóveis estão em maus lençóis, já
que as vendas caíram cerca de 79% e continuam em queda. Quer dizer: “Casa de
ferreiro, espeto de pau”. A brincadeira de produzir bactérias e vírus mutantes
cobra preço alto para o autor (segundo o ex-assessor de Donald Trump, Steve
Bannon). Ele acusa a China.
No Brasil, a situação mais preocupante se localiza na fronteira com a
Venezuela. Os senadores do estado, Telmário Mota (Pros), Chico Rodrigues (DEM)
e Mecias de Jesus (Republicanos), estiveram com o ministro Luiz Henrique
Mandetta (Saúde), mais uma vez, para cobrar providências.
“O restante do Brasil não tem se preocupado como deveria”, diz Mecias de
Jesus. “Amazonas e Roraima são os estados brasileiros que dividem fronteira com
aquele país, mas a porta de entrada, mesmo, é Pacaraima, último município do
extremo norte e que fica em Roraima. E que dizer da população indígena, com
taxa de resistência menor?”
Os senadores foram ao Ministério da Saúde em companhia do governador
Antônio Denarium (sem partido). Mecias de Jesus agregou à sua narrativa o
perigo detectado com o surgimento do Coronavírus. Os refugiados venezuelanos já
trouxeram muitas doenças consideradas erradicadas no nosso país e, agora,
soma-se mais esse risco, nova ameaça.
A ditadura venezuelana não mais dispõe de remédios ou hospitais que
atendam de forma satisfatória à sua população. Com exceção de elite cada vez
mais isolada, quase ninguém tem acesso a medicamentos. Se o Coronavírus se
instalar naquele país, o Brasil estará em sério sufoco.
“Os principais atingidos serão os roraimenses”, garante Mecias, “com a
leva diária de refugiados que aporta em Pacaraima e segue para a Capital, Boa
Vista. Não podemos e nem devemos esperar que o pandemônio se instale, para só
então dar início a alguma medida. O governo brasileiro está mais do que avisado
e é preciso agir com rapidez”.
O clima em Roraima é de grande apreensão, devido à probabilidade de
instalação de cenário em que a única escapatória será o isolamento total,
levando o estado a espécie de banimento da Federação. “Temos de nos movimentar
rapidamente, fechando a fronteira, para evitar desastre absoluto”, finaliza o
senador.
Diante de tão dramática colocação, que se pretende fazer?
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