O presidente
Jair Bolsonaro, - com todo o respeito àqueles obcecados, que só veem
virtudes no “capitão” e são incapazes de reconhecer os seus erros – caminha na
contramão da comunidade científica médica mundial porque é teimoso, soberbo ao
extremo, imodesto e muito pretensioso à reeleição, à qual expressou com todas
as letras na campanha presidencial de 2018 que não seria candidato,
respeitando, assim, o famigerado “fio de
bigode”.
Israel, EUA,
Suíça, Reino Unido, Nova Zelândia, França, Itália, Índia, Argentina,
Espanha, Paraguai recomendam a quarentena em casa.
Agora, se você
acha que o “capitão” - o homem de ferro imune a qualquer gripezinha
- tem conhecimento científico maior do que a Organização
Mundial da Saúde, então, continue a seguir os desatinos de JB. Lembrando que a
vida, neste momento de caos mundial, é mais importante que a
economia. A vida depois que se perde não se recupera mais. A
economia, ao contrário, é perfeitamente recuperável.
Ninguém pode
ignorar os efeitos danosos da quarentena na vida da sociedade e nos meios de
produção, que terão reflexos principalmente nos
indivíduos desempregados, nas camadas de rendas mais baixas, nos
trabalhos informais, nas pequenas e micro empresas.
Numa situação
de quase estado de guerra o Governo tem de abrir os cofres para
socorrer o país, mesmo desrespeitando a política fiscal. Os EUA, por exemplo,
aprovou um pacote de 2 trilhões de dólares para combater o coronavírus.
Vejam algumas
considerações de Ashutosh Pandey, da Deutsche Welle, autor do artigo “O que é
pior para a economia: coronavírus ou crise global de
2008?”, publicado por UOL Notícias.
Os efeitos da
paralisação econômica pela pandemia de coronavírus são comparados à crise
financeira global. Em setores como o aeroviário, os estragos já são
consideráveis, mas para outros as perspectivas são mais otimistas. A
reviravolta reaviva lembranças da crise financeira global de 2008, com papos de
recessão, carnificina nos mercados globais de ações, governos e bancos centrais
afrouxando os cintos.
A pandemia, que
tem acabado com milhares de vidas por todos os continentes, praticamente
paralisou a economia mundial, com milhões em quarentena e as cadeias de
suprimento globais em estado de caos, devido aos estragos extremos causados
pelo vírus na China, a fábrica do mundo.
A maior parte
dos analistas não aceita que o quadro seja tão desolador, e prediz que a
economia global se recuperará rapidamente na segunda metade de 2020, contanto
que até então o surto tenha se dissipado.
Segundo o
analista Stefan Kooths, diretor de previsões do Instituto de Economia Mundial
da Universidade de Kiel, na Alemanha, “Mesmo que a crise do coronavírus resulte
numa implosão profunda, em termos de produção, as chances de sair desta
recessão mais cedo do que mais tarde são muito melhores do que na crise
econômica global”.
Júlio César
Cardoso
Servidor
federal apossentado
Balneário
Camboriú-SC