Márcio
Accioly
Informações
filtradas desde a Província de Hubei, China, deixam bem claro que o número de
mortos por conta do coronavírus é muitas vezes maior do que o anunciado pelas
autoridades daquele país. No último dia 5, quarta-feira, enquanto o governo
chinês apontava 300 mortos, o site Taiwan News registrava mais de 24 mil e 500
óbitos.
Estranhamente,
o coronavírus é mais letal para o povo asiático. Ainda não se sabe por quê. O
que se sabe é que a produção de vírus e bactérias continua a todo vapor, com
cada país aprimorando o seu potencial e poder de destruição na calada da noite.
Quando acontece a perda de controle, e vírus como tal ganha o mundo, o
desespero é geral.
O
planeta, seguramente, está chegando a ponto de convergência que reúne duas
questões decididamente insolúveis. A primeira é espécie de saturação
tecnológica no ritmo da convivência social. O pai da psicanálise, Sigmund
Freud, dizia que “o Contrato Social é uma fonte de angústias”. Que dizer quando
potencializado?
A
segunda questão diz respeito às mudanças climáticas que batem à nossa porta e
têm dado mostra das dificuldades a enfrentar. Acontecimentos sobre os quais não
se tem o mínimo controle, ao contrário do que meios de comunicação
internacional (inclusive a Rede Globo), garantem ser causados pelo ser humano.
O
astrofísico inglês Piers Corbyn, grande estudioso dos fenômenos solares, vem
vaticinando há bom tempo mudanças pelas quais o nosso planeta começou a
percorrer. Tudo isso porque a atividade solar diminuiu e não se tem ideia de
quanto tempo irá assim permanecer. Cheias, terremotos, erupções vulcânicas e
tsunamis vieram para ficar.
O que
sofre a influência direta do homem é o rompimento de barragens, como ocorrido
em Mariana e Brumadinho, destruindo praticamente o estado de Minas Gerais. O
lançamento de resíduos tóxicos nos rios decretou a ruína econômica de povoados
e municípios. Mas, no Brasil, ninguém é responsabilizado ou preso!
Em
países subdesenvolvidos como o nosso, balão de ensaio de ideologias esdrúxulas
(como a ditada pelo italiano Antônio Gramsci), desenvolvemos cultura de
pornografia explícita que por si só se basta para controle. O estado brasileiro
estimula a baixaria, permitindo emissoras de TV, como a Rede Globo, no pleno
exercício.
Hoje,
um dos povos mais fáceis de manipulação é o brasileiro. Basta ver o número de
livrarias diminuir na razão proporcional do crescimento de farmácias. Tudo
funciona ao contrário. Inclusive, as Universidades, onde graduados e laureados
em cursos técnicos, gratuitos, na maioria das vezes emigram para países que
nada investiram em despesas.
É
difícil, quase impossível, colocar alguma coisa na cabeça de população que não
lê. A maioria diplomada em cursos de Ciências Humanas onde parcela esmagadora
do corpo docente orienta-se por vezo ideológico, paixão e despreparo.
No
Brasil, onde a corrupção alarga espaços e poder de conquista, vive-se o limbo
do desconhecimento. Quase tudo causa surpresa e espanto, pois cérebros carecem
de raciocínio. Falta-lhes substância, mas não argumentos vazios, instrumentos
de soberba.
Todos
parecem defrontar enorme cansaço. Como se já tivéssemos visto tudo e
soubéssemos resultados finais. A população mundial jaz entediada na quebra
referencial de todo e qualquer valor. O mais interessante é perceber que a
natureza sabe exatamente quando isso acontece e toma providências. A varredura
já começou.