Flor do recesso
A
aposta dos políticos mais experientes é a de que o caso Flávio Bolsonaro vai
tomar conta do recesso. É o vaso da vez. Aquele que fica ao sol e sujeito a chuvas
quando o Congresso está de férias e que, em fevereiro, voltará ao tamanho de
uma plantinha inofensiva.
Bola da vez
Realmente,
como diria o velho guerreiro, o senador Flávio Bolsonaro virou tábua de tiro ao alvo. Ensaiou defesa
sem convicção. Não esclareceu nem desmentiu a saraivada de fundamentadas e
escabrosas denúncias.
* O
pai tornou-se metade presidente, metade Pilatos. Declarou em bom tom, que não
tem a ver com os problemas do filho. Deixou Flávio no temporal, embaixo de
trovoadas e enxurradas.
Bolsonaro e PT
O que
une Bolsonaro e o PT é a vontade de impor algum controle sobre o Ministério
Público. Em 2018, o ex-ministro José Dirceu já defendia não apenas um controle,
mas ia muito além, ao pregar o fim do poder de investigação do MP, deixando
essa função a cargo da Policia Federal e da Polícia Civil.
Pelo Revalida
A
Frente Parlamentar em Defesa dos Médicos Brasileiros Formados no Exterior,
presidida pelo deputado Alan Rick (Dem-AC), já está se movimentando pela
derrubada do veto de parte do projeto Revalida, que trata da participação das universidades privadas no sistema nacional de
avaliação.
* O veto
do presidente Bolsonaro atende pedidos do Conselho Federal de Medicina e do ministro
Mandeta, da Saúde, com a finalidade de dificultar o Revalida. “È preciso deixar
claro ao presidente Bolsonaro que o CFM não manda no Brasil. Vamos derrubar o
veto” – disse Alan.
Fundão
O presidente Jair Bolsonaro sancionará o fundo eleitoral de
R$ 2 bilhões proposto no Orçamento de 2020, alegando que, caso contrário, ele
poderia ser enquadrado em crime de responsabilidade e sofrer um processo de
impeachment.
* O presidente havia dito que a tendência era vetar o valor.
Bancada Evangélica
Uma aliança evangélica pela Aliança pelo Brasil. "Porque
só amém não basta, tem que ter assinatura também", brinca um pastor
durante a primeira conferência nacional da bancada evangélica em uma casa de
eventos em Brasília.
* Principal orador do dia, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) arranca da platéia a promessa de empenho para coletar os 491.967 nomes
necessários para a fundação da nova legenda bolsonarista.
No ninho tucano
Descontraído e visivelmente aliviado após
receber alta ontem do Hospital Sírio-Libanês, onde se trata de um câncer no
sistema digestivo, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), se prepara para tentar a reeleição em 2020 e não descarta deixar o partido, cumprindo um propósito externado no mio do ano, quando a sigla se recusou a expulsar de seus quadros o deputado Aécio Neves (MG).
Frase
“2019
foi bom. Não tivemos nenhum escândalo de corrupção” – do ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, em entrevista à Veja.