Os ministros bolivianos Luís Alberto
Sánchez e César Navarro e o presidente da Assembleia Nacional renunciaram hoje
aos cargos, em plena crise no país, após as eleições de 20 de outubro que deram
a vitória a Evo Morales.
Luís Alberto Sánchez
acompanhou a sua mensagem com uma fotografia da carta enviada ao Presidente
boliviano, Evo Morales, onde destaca que a situação atual "marcada pelo
confronto e pela violência entre irmãos bolivianos não é o caminho" que
leva a encontrar uma solução para pacificar o país.
Por sua vez,
o presidente da Câmara dos Deputados Victor Borda anunciou a sua renúncia após
ataques à sua casa por manifestantes contra o Presidente boliviano.
Já César
Navarro foi o primeiro a renunciar hoje ao seu cargo, como ministro da Mineração,
depois de denunciar um incêndio em sua casa e a tentativa de ataque à casa de
sua mãe, em Potosí.
Nas últimas
horas, também foram conhecidas as demissões de parlamentares oficiais.
Os conflitos
na Bolívia surgiram no dia seguinte às eleições de 20 de outubro, suspeitas de
manipulação de votos e que reelegeram Evo Morales para um quarto mandato, até
2025.
Evo Morales
anunciou hoje que vai convocar novas eleições, depois de a Organização dos
Estados Americanos (OEA) ter recomendado a repetição do ato eleitoral.
O Ministério
Público da Bolívia anunciou que vai processar os membros do Supremo Tribunal
Eleitoral devido a irregularidades "muito graves" detetadas pela OEA,
que podem levar a "erros criminais e eleitorais relacionados com o cálculo
dos resultados oficiais" das eleições de 20 de outubro.