O presidente do Sindicato dos Médicos do Acre
(Sindmed-AC), Murilo Batista, a diretora de Assistência do Pronto Socorro de
Rio Branco, Michele Melo, e a médica Katia Fernanda, estiveram na manhã desta
segunda-feira (14) em uma reunião com o governador Gladson Cameli e equipe para
tratar sobre o risco de desassistência nos hospitais, garantia de pagamento de
plantões extras e chamada de médicos em caráter emergencial caso os concursados
que assinarem contratos não sejam suficientes para garantir o atendimento.
Murilo afirmou que atualmente já está existindo
desassistência, haja vista que alguns médicos que terão contratos findados com
a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) temem realizar os plantões extras e
não receberem.
“Houve uma nota, mas os profissionais estão
relutantes, pois estarão fora do Estado já em outubro e não acreditam que
possam receber por folha suplementar porque nunca viram isso acontecer em
governo algum”, diz o sindicalista.
A respeito dos plantões extras, Michele protocolou
um documento relatando a falta de médicos que não teriam seus contratos
renovados e pediram para sair dos extras.
Para Murilo, a necessidade é imediata e não cabe
planos futuros a longo prazo. Ainda sobre os plantões extras, o presidente do
Sindicato afirmou que os profissionais, mesmo com a garantia do governo, estão
relutantes em cumprir plantões extras.
“Saúde é serviço emergencial, é algo que se trata
hoje, não no futuro. Temos coisas emergenciais para resolver e os médicos
querem essa garantia de que irão mesmo receber”, diz.
Michele Melo, afirmou que há, atualmente, 40
profissionais com contratos emergenciais e que é preciso a garantia de que,
após o fim destes contratos, não haverá falta de médicos.
“Só lá temos 40 médicos com contratos emergenciais,
cujos contratos irão acabar. Preciso de garantia de que haverá médicos após o
fim do contrato dos emergenciais, que se os concursados não forem em número
suficiente que ao menos renovem esses emergenciais”, diz.
O procurador-geral do Estado, João Paulo Setti,
afirmou que o governo irá antecipar a chamada dos aprovados até o dia 24,
justamente para que não ocorra desassistência.
A grande preocupação da direção do Sindmed-AC é que
há uma disparidade entre os 212 médicos que terão seus contratos findados e os
que serão chamados, que chegariam a 144.
O governador Gladson Cameli exigiu que sua equipe
jurídica e da saúde apresentem solução imediata para o caso.
A secretária de Saúde, Mônica Feres, reiterou o
compromisso de pagar os plantões extras e salientou que não haverá
descontinuidade na oferta de serviços médicos.
--