Fórum
de magistrados criminais afirma que o país seria único entre os membros da ONU
a não permitir a prisão de réus após condenação em segunda instância se o
Supremo mudar entendimento sobre o assunto em julgamento marcado para esta
quinta-feira (17/10)
(foto: Iano Andrade/CB/D.A Press)
À medida que se aproxima o
julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai decidir sobre a constitucionalidade da prisão em
segunda instância, nesta quinta-feira (17/10), o
debate sobre o assunto ganha intensidade. Nesta terça-feira (15/10), o Fórum
Nacional de Juízes Criminais (Fonajuc) divulgou
nota afirmando que, caso o tribunal derrube o entendimento que vem mantendo
desde 2016, o Brasil pode se tornar “o único país de todos os Estados-membros
das Nações Unidas (ONU) a não permitir a prisão após condenação em primeira ou
segunda instâncias, acarretando graves consequências para a sociedade
brasileira”.
Segundo a entidade, composta de magistrados estaduais, federais e militares de todas as regiões do país, a prisão em segunda instância não contraria a Constituição. Na nota, o Fonajuc afirma que essa sempre foi a interpretação do STF, em toda sua história, com exceção do período entre 2009 e 2016. E acrescenta que a reversão desse entendimento “acarretaria a soltura imediata de mais de 164 mil presos condenados em segunda instância por crimes graves a penas superiores a oito anos de reclusão”.
O STF deve julgar amanhã três ações diretas de constitucionalidade apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo PCdoB e pelo Patriotas, respectivamente. As ações pedem que seja declarado constitucional o texto do artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”. Por Correio Braziliense.
Segundo a entidade, composta de magistrados estaduais, federais e militares de todas as regiões do país, a prisão em segunda instância não contraria a Constituição. Na nota, o Fonajuc afirma que essa sempre foi a interpretação do STF, em toda sua história, com exceção do período entre 2009 e 2016. E acrescenta que a reversão desse entendimento “acarretaria a soltura imediata de mais de 164 mil presos condenados em segunda instância por crimes graves a penas superiores a oito anos de reclusão”.
O STF deve julgar amanhã três ações diretas de constitucionalidade apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo PCdoB e pelo Patriotas, respectivamente. As ações pedem que seja declarado constitucional o texto do artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”. Por Correio Braziliense.