Ricardo
Stuckert Filho/Instituto Lula
Um grupo de mais de 80 parlamentares de 12
partidos diferentes foi, na tarde desta quarta-feira (7) ao Supremo Tribunal
Federal (STF) demonstrar apoio ao recurso do ex-presidente Lula (PT) para
evitar a transferência para São Paulo.
Segundo o deputado Marcos Pereira (PRB-SP), que acompanhou
a ida ao Supremo, 82 deputados e senadores de pelo menos 12 partidos diferentes
se dirigiram ao STF nesta tarde. Eles foram conversar com o presidente da
Corte, ministro Dias Toffoli, em apoio à defesa de Lula. Segundo Marcos
Pereira, Toffoli afirmou que iria analisar o recurso contra a transferência
ainda hoje.
Segundo Pereira, que é presidente do PRB - um dos
partidos que faz parte do chamado Centrão da Câmara -, os parlamentares foram
“apoiar o Brasil, e não o ex-presidente”. Ele, que também é vice-presidente da
Câmara dos Deputados, ainda afirmou o pedido é que se faça Justiça. “Há sim
exageros em algumas decisões de primeira instância”, completou ele.
Um dos principais líderes do Centrão e líder da
Maioria na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), reforçou o discurso de
excessos da Justiça na primeira instância. Ele avaliou que o movimento que
reuniu diversos partidos nesta tarde visa evitar abusos e tratamento isonômico
na Justiça, e não de “casuísmos”.
Também de um partido do Centrão, o deputado Fábio Trad
(PSD-MS), concedeu coletiva no STF, após a conversa com Toffoli. Segundo ele, a
transferência de Lula para Tremembé é uma violação da garantia da integridade
física do ex-presidente ao decidir sobre um pedido feito há mais de um ano pela
Polícia Federal, que alegava não ter condições de manter Lula em Curitiba.
"Um problema de natureza operacional não tem estatura, não tem força
jurídica, para restringir ou violar um direito de garantia individual, que é a
integridade física claramente ameaçada se ele for transferido para um presídio
que não oferece as mínimas condições para o resguardo da sua integridade
física. Todos nós sabemos disso", afirmou Trad.
Fonte:
Yahoo Notícias