“O Brasil é o único país em que os
ratos conseguem colocar a culpa no queijo” - Millôr Fernandes
A ex-presidente Dilma Roussef e a
presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, foram à Rússia, na última semana,
dias depois de hackers invadirem celulares de membros da Lava-Jato. O que foi
divulgado, até agora, em nada compromete o trabalho realizado por procuradores
e pelo então juiz federal Sérgio Moro.
A viagem dessas duas personagens abre
espaço para especulações, principalmente quando se sabe que, na Rússia, vive o
norte-americano Edward Snowden, gênio da informática que criou vários programas
de vigilância e teve de fugir para a Rússia durante a gestão Barack Obama.
Corria o risco de ser executado nos EUA como espião.
Quem quiser saber quem é Snowden não
pode deixar de ver o filme, cujo título é o seu nome, em que é personagem
principal. Na película aparece Glenn Greenwald, jornalista que divulgou
documentos roubados pelo hacker, mostrando que a gestão Obama espionou governos
da Europa e do Continente Sul-Americano.
Pessoalmente, acredito que Snowden
imaginava estar agindo em defesa do chamado “mundo livre”, até porque suas
ações (ali apontadas), deixam Obama em péssimos lençóis. Mas ele foi o único a
perder tudo. Afinal, não pode mais sair da Rússia sob o risco de ser preso e
recambiado para os EUA. Encontra-se confinado.
Dilma, cujo cérebro transmite a
impressão de possuir avaria (não liga nada com coisa alguma), deve ter ido à
Rússia para emprestar seu peso de ex-presidente. Mas o que foram fazer?
Conversar com a equipe de Snowden? Pagar algum serviço prestado? Essas questões
ainda sem respostas são bem interessantes.
O fato é que as ações de Greenwald,
no Brasil, deveriam suscitar investigação aprofundada para gerar processo de
expulsão. Por menos do que isso, só por ter escrito artigo em que chamava Lula
de alcoólatra, o então presidente baixou decreto de expulsão de Larry Rohter,
jornalista do New York Times.
Ah! Irão argumentar: mas Glenn
Greenwald é “casado” com um brasileiro, o deputado federal David Miranda, e
apesar de não terem filhos, ele tem direito a permanecer no país. A contrapartida
das ações cibernéticas já mostra que a história da renúncia de Jean Wyllys ao
mandato pode ter dinheiro na jogada.
David Miranda era primeiro suplente
de Wyllys e assumiu o mandato com a renúncia. A ascensão do marido de Greenwald
ofereceu ferramenta necessária para que o norte-americano começasse a
interferir diretamente na política interna do país. E Dilma, e Gleisi, que
foram fazer na Rússia? Eis o mistério.
O que se pode esperar do STF? Nem bem
se mostraram gravações, o ministro Marco Aurélio afirmou que “Moro não tem
vocação para juiz”. Gilmar, por sua vez, deu saltos e piruetas e recuou, pois
as redes começaram a mostrar gravações dele fazendo acertos com Aécio Neves e
com o então governador (MT) Silval Barbosa.
É como se o STF estivesse torcendo
pelo fim da Lava-Jato, como se os ministros (valha-nos Deus), estivessem a
favor dos bandidos e contra os mocinhos. Por isso que as novas manifestações de
rua, convocadas para o próximo dia 30, têm de ser fortes e maciças. No Brasil,
qualquer cochilo mais forte libera criminosos e ladrões às pencas