Arthur Schopenhauer
A Nova Zelândia se orgulha de possuir a mais
apurada legislação com relação aos animais. No último ano (2018), a tratadora
de um circo foi ali condenada, a 8 anos de prisão, por bater com chicote em
pequeno chimpanzé que chorava à noite. O animal havia sido retirado da mãe,
ainda bebê, para ser treinado para a “diversão” dos humanos.
São poucos os que possuem sensibilidade com relação
ao sofrimento dos animais. Assim como nós, eles sofrem doenças, carências e
dor. A psicologia médica tem constatado, conforme se divulga pelos meios de
comunicação, como é importante a terapia aplicada a pacientes de forma geral
com o auxílio de animais.
Pessoas com grave deterioração das funções
cerebrais (sofrendo do mal de Alzheimer, por exemplo), conseguem interagir com
animais e estabelecem vínculo que surpreende a todos. Por quê, então, não
ajudá-los reciprocamente?
Na última semana, o senador Mecias de Jesus
(PRB-RR), apresentou projeto de lei (número 3407), prevendo deduzir Imposto
sobre a Renda das Pessoas Físicas, de pagamentos efetuados no ano calendário a
médicos veterinários, clínicas e hospitais do ramo, “destinados à cobertura de
despesas com tratamentos de animais domésticos”.
No Brasil, não existe política de zoonose séria,
capaz de alcançar os milhões de animais abandonados que se atropelam e são
atropelados nas ruas. Muitas pessoas, no entanto, procuram ajudar essas
criaturas, dentro de suas posses, recolhendo-as a abrigos e minimizando seus
sofrimentos. A maioria não ajuda por absoluta falta de condições.
O PL de Mecias prevê, inclusive, cobertura de
despesas “necessárias ao custeio de exames laboratoriais e serviços
radiológicos”. É forma de aliviar o peso financeiro sentido por aqueles que se
dedicam à tarefa altruística de socorrer muitos desses animais indefesos que
vagueiam por nossas grandes Cidades, sem rumo.
Só resta, agora, torcer pela conquista de votos
suficientes à sua aprovação. Afinal, como disse o pai da Teoria da Evolução,
Charles Darwin: -“A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da
natureza humana”.